segunda-feira, 13 de junho de 2016

Resenha - Como eu era antes de você.

O livro “Como eu era antes de você” faz simplesmente nós nos questionarmos sobre essa frase homônima. Como as vezes as pessoas passam por nossas vidas e marcam de uma maneira tão significante e até cruel, como as pessoas chegam em nossas vidas e simplesmente viram ela de cabeça pra baixo de uma maneira tão boa pra gente.

----------“Você só vive uma vez.
É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível”-----

Além disso, nos faz pensar nas pequenas coisas da

vida, e te toca profundamente, pela história de uma menina normal e um cara com deficiência física, que a princípio, parece não ser atraente.

--------“Às vezes,
você é a única coisa que me dá vontade de levantar da cama.”------

A história é narrada em primeira pessoa, por Louisa, personagem principal, mas ao longo da história, surgem falas de outros personagens, como o enfermeiro de Will e seu pai.

-------“Alguns erros…
Apenas têm consequências maiores que outros.
Mas você não precisa deixar que aquela noite seja aquilo que define quem você é.”-------

O livro fala de temas que são tão importantes para nossa vida e que muitas vezes não damos conta, como amor, tristezas, esperanças, oportunidades e até a morte, ou o que ela significa para quem não aguenta mais viver como Will vive. Apesar de ele ter muito dinheiro, um castelo e todos os cuidados necessários, ele sofre com dores, idas e vindas a hospitais e uma família nada estruturada emocionalmente, sua irmã mora longe e seus pais não aguentam mais viver juntos.


Will Traynor, tem 35 anos, e como já falei é rico, e muito. Inteligente, apesar de mal humorado, as vezes agressivo e tetraplégico, o que justifica o que falei anteriormente, sobre o que ele sente mesmo tendo todo o aparato necessário. Louisa Clark tem 26 anos, não tem ambições ou objetivos concretos, mora com os pais, tem uma irmã que é mãe solteira e um namorado que só pensa em exercícios físicos e perca de calorias.

--------“É isso. Você está marcada no meu coração, Clark.
Desde o dia em que chegou, com suas roupas ridículas,
suas piadas ruins e sua total incapacidade de disfarçar o que sente.
Você mudou a minha vida muito mais do que esse dinheiro vai mudar a sua.”-------

Louisa é demitida de um Café onde era garçonete há anos, e adorava o que fazia. Desempregada, ela começa a procurar emprego, mas não tem qualificações.  É contratada, depois de muitas tentativas numa agencia de empregos para ser cuidadora de Will por 6 meses, que mais tarde Louisa descobre o motivo do tempo determinado, com uma convivência bem difícil a principio, mas ele vai se abrindo de uma forma que não fazia com ninguém, nem com sua família, desde os quase dois anos de seu acidente.

--------“Você só pode ajudar alguém que aceita ajuda.”----

Ao longo da história os dois mudam muito e vivem um amor sem limites, sem preconceitos e lindo de verdade, mas é daqueles romances sem finais felizes, para nós é claro, que nos acostumamos com isso, esse amor traz um tom de realidade, nos faz ver como o amor é importante, mas que é necessário estar de bem com você mesmo para que ele cresça e seja digno de se viver. Na cabeça de Louisa eles estão prontos para se amar por toda a vida, na de Will não, inclusive foi a parte em que mais me emocionei, pois ele fala que o amor dela não é o bastante, mas é compreensível, pois você nesse momento já sabe dos sentimentos dele em relação a sua condição e acaba se colocando no lugar dele.

Portanto, vale a pena ler e ver o filme, vale porque não se trata de um romance clichê e sim um romance que nos remete a vidas reais ao amor e a morte, a tudo que julgamos importante e muitas vezes nem é. Nos traz uma lição de vida.

------“E sabe o quê?
Ninguém quer ouvir esse tipo de coisa.
Ninguém quer ouvir você falar que está com medo, ou com dor, ou apavorado com a possibilidade de morrer por causa de alguma infecção aleatória e estúpida.
Ninguém quer ouvir sobre como é saber que você nunca mais fará sexo, nunca mais comerá algo que você mesmo preparou, nunca vai segurar seu próprio filho nos braços.
Ninguém quer saber que às vezes me sinto claustrofóbico estando nesta cadeira que tenho vontade de gritar feito louco só de pensar em passar mais um dia assim.” --------


Diakova

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